O Centro de Criação Galpão das Artes de Limoeiro ampliou a galeria de premiações. Durante solenidade realizada na manhã desta sexta-feira (18), a instituição foi agraciada com o Prêmio Roberto de França – Pernalonga de Teatro, concebido pela Secretaria Estadual de Cultura (SECULT) e pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Além da oficialização da premiação, técnicos das duas entidades representativas da cultura pernambucana também realizaram visitação técnica aos espaços da entidade.
Ainda durante o evento, houve a assinatura do termo de doação de peças raras do Museu do Mamulengo, de Glória do Goitá, ao acervo do Minimuseu dos Brinquedos Populares Dona Daluz; a validação e renovação da entrega do 3º Prêmio Graça Beltrão pela Giral (Glória do Goitá) ao Centro de Criação Galpão da Artes pela primeira colocação na categoria Produção Textual; e a formalização de parceria para o ano de 2023, quando será desenvolvida a oficina de confecção de brinquedos populares Não Deixe e Peteca Cair.
Há 22 anos, o Galpão das Artes desenvolve, de forma ininterrupta, ações culturais, educacionais e sociais, contando com o apoio da Prefeitura de Limoeiro. “Mais um dia marcante no Centro de Criação Galpão das Artes. A gente teve oportunidade de prestigiar esse reconhecimento da grandeza das ações do Galpão, que leva tantos espetáculos que abrilhantaram não apenas a vida da nossa comunidade, mas também do nosso Estado e do nosso País”, comentou a secretária de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Dolores Carmen.
A responsável pela pasta cultural do município também enfatizou a importância do Galpão das Artes para novas gerações. “Quero aproveitar a oportunidade para dizer o quanto é importante o fomento a novos grupos. O Galpão sempre abre as portas para que novas equipes possam crescer no segmento teatral. Isso fortalece a grandeza de sermos solidários e caminharmos juntos”, disse Dolores. “O Galpão consegue ser transversal para dialogar com outros meios”, completou.
Para o gestor do Galpão das Artes, Fábio André, a subvenção garantida mensalmente à instituição pela gestão municipal, por meio do Fundo Municipal da Assistência Social, tem feito a diferença nas ações que chegam diretamente ao público limoeirense. “Renovo minha gratidão à secretária (de desenvolvimento Social e Cidadania), Flávia Melo, e ao gestor municipal, Orlando Jorge, porque, para as ações acontecerem aqui dentro, tudo precisa funcionar. Entendo que as nossas experiências precisam também ser compartilhadas com quem nos escuta”, pontuou.
Com relação aos prêmios, Fábio reforçou a importância das parcerias para que os projetos saiam do papel e, com os patrocínios e apoios, aconteçam no dia a dia da população, transformando vidas, gerando oportunidades e formando cidadãos. “São etapas que estamos vencendo. Então, nossa gratidão, nosso respeito e nosso compromisso em saber respeitar o dinheiro público”, falou o diretor. Ele aproveitou o encontro para também mencionar as trocas de experiências exitosas que vêm acontecendo com o Museu do Mamulengo e a Giral.
Representante do Museu do Mamulengo e presidente da Associação dos Mamulengueiros de Glória do Goitá, Pablo Dantas classificou o ato de doação de peças raras ao Minimuseu Dona Daluz de “momento histórico”. “Estamos completando 20 anos em 2023 e, antes, a gente nunca tinha tido a oportunidade de fazer doação de parte do nosso acervo histórico”, revelou. Dantas ainda detalhou que foram doadas oito peças de diversos artesãos que, durante mais de vinte anos de história, fizeram parte da origem do Museu do Mamulengo.
“São peças importantes para nós. E, ao saber que o Galpão das Artes, por meio do Museu Dona Daluz, faz um trabalho patrimonial importante em Limoeiro, a gente cedeu esse acervo para que a cultura e a expressão do Mamulengo cheguem mais fortes em outras cidades. A nossa missão enquanto museu é salvaguardar, e a gente salvaguarda quando transmite e faz essa história circular”, enfatizou Pablo ao listar as potencialidades culturais existentes entre Limoeiro e Glória do Goitá. “É de terreiro para terreiro. É cultura popular feita do povo para o povo”, finalizou.