Dando mais um grande passo rumo à efetiva inclusão na Rede Municipal de Ensino, a Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, promoveu o 1º Encontro de Surdos e Ouvintes, no Instituto Padre Luís Cecchin (IPLC), na tarde desta quarta-feira (27). A iniciativa comemorou o primeiro aniversário do Projeto Mãos que Dão Asas e o 20º aniversário da Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão no Brasil.
O Projeto Mãos que Dão Asas é aplicado em seis escolas da Rede Municipal de Ensino e conta com a participação de 153 estudantes. Neste momento, as instituições de ensino contempladas são as Escolas Nossa Senhora dos Anjos, Otaviano Basílio, Presidente Tancredo Neves, Aloísio de Aquino, Manoel Marques e Salomão Ginsburg.
A gestora de Educação Inclusiva da Rede Municipal de Ensino, Lúcia Rodrigues, recordou a trajetória do projeto, desde a sua criação até a sua expansão. “O Mãos que Dão Asas surgiu na Escola Municipal Nossa Senhora dos Anjos, através da intérprete Layanne Arruda. Percebemos a importância deste projeto de Libras para a inclusão dos estudantes surdos da nossa Rede. Então, expandimos a iniciativa para as escolas onde alunos surdos estão matriculados”, afirmou.
A intérprete de Libras da Escola Municipal Nossa Senhora dos Anjos, Layanne Arruda, destacou que o Mãos que Dão Asas busca construir uma sociedade mais inclusiva, democrática e justa por meio da disseminação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Nós ensinamos Libras aos alunos ouvintes e fazemos um trabalho diferenciado de alfabetização de uma criança surda. No projeto, os alunos aprendem não apenas os sinais e a comunicação básica, como também toda a história da cultura surda. Estamos colhendo os frutos desta ação extremamente importante e queremos transformar a Libras em uma disciplina fixa na grade curricular das demais escolas”, sublinhou a idealizadora do projeto.
Por sua vez, a gestora da escola enalteceu o pioneirismo da Nossa Senhora dos Anjos no ensino de Libras na Rede Municipal. “Vi o projeto de Libras da nossa escola nascer em 2017 na Biblioteca, onde eu trabalhava na época. Criamos, também, o Coral Anjos da Libras, com apresentações feitas inteiramente na Língua Brasileira de Sinais. É muito gratificante ver o alcance conquistado pelo nosso projeto. Depois da criação do Projeto Mãos que Dão Asas, em 2021, vemos que Limoeiro vem avançando na área de Educação Inclusiva”, pontuou Joveci Santiago.
O prefeito Orlando Jorge prestigiou o evento e deixou uma mensagem especial para todos os surdos e ouvintes das Escolas Municipais de Limoeiro. “Parabéns para todas as intérpretes, todos os professores, todos os estudantes e todos os envolvidos neste belíssimo trabalho que estamos desenvolvendo. Nós estamos muito felizes por vocês estarem aqui. Vocês simbolizam a luta por uma sociedade melhor para todos”, celebrou.
Formada por sinais, gestos e expressões, a Libras é um dos mais eficientes mecanismos de comunicação e inclusão já registrados em nosso país. Por meio da Língua Brasileira de Sinais, a comunidade surda interage, expressa seus sentimentos e se insere na sociedade.