A última quarta-feira, dia 20 de abril, foi reservada para o lançamento do livro “Galpão das Artes: de Limoeiro para o mundo”. De autoria da escritora limoeirense Maria José de Barros, a obra traz um “retrato” das mais de duas décadas da instituição homenageada e agora eternizada em 112 páginas, com capa produzida por Dilhermando Assis. Pesquisas, entrevistas e vivências permitiram a elaboração do trabalho publicado pela editora Libertas.
A produção ocorreu através de pesquisa fornecida pela instituição e pelo acompanhamento que a autora faz desde o início da criação do Galpão. Ela entrevistou a maioria dos integrantes, destacando não apenas os espetáculos, mas diversas ações culturais de intercâmbio e de intervenção, como exposições, oficinas, lançamentos e pesquisas, resultando no sétimo livro da autora.
Fábio André, diretor do Centro de Criação Galpão das Artes, disse que a finalidade do livro “não é só de memória, e sim de um registro de duas décadas que contempla ações que vão até mesmo além das artes cênicas, valorizando a arte-educação como vertente de aprendizado e de formação de platéia em Limoeiro e Região”. O gestor da entidade cultural, que também atua como arte-educador, acredita no livro como fonte de pesquisa para as novas gerações.
Para o prefeito Orlando Jorge, o livro representa uma importante página cultural de Limoeiro. “O Galpão completa 21 anos e Maria José Barros traz essa história escrita, o que é importante para a memória da cidade. Estamos na construção coletiva da valorização cultural e prestes a receber outros grandes equipamentos, a exemplo da Casa da Cultura. Importantes espaços como esse merecem ser imortalizados”, ressaltou.
“É um momento histórico poder celebrar o Galpão das Artes, um espaço que transborda a cultura limoeirense de forma genuína em sua pluralidade, e que consegue alcançar também o desenvolvimento social e humano. Tenho certeza de que Limoeiro pode se orgulhar de ter um espaço como o Galpão. Essa homenagem é uma maneira de salvaguardar essa memória”, comentou a secretária municipal de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, Dolores Carmen.
Madrinha do Galpão das Artes, a professora Flávia Suassuna, sobrinha do saudoso escritor paraibano radicado em Pernambuco Ariano Suassuna, enfatizou a importância da história do espaço agora contada e eternizada, fazendo ainda menção honrosa à resistência da casa cultural durante a pandemia e a solidariedade com artistas e familiares afetados pela paralização das atividades. “Estamos em festa para agradecer tudo isso”, comemorou a educadora.
Emocionada, a escritora revelou que a inspiração para escrever o livro durante a pandemia foi a “própria arte”. O trabalho prestado pelo Galpão, no olhar dela, tem dado ampla contribuição para a sociedade. “Termos numa cidade de interior um acervo de gente que faz tanta coisa bela e preserva a nossa cultura é um privilégio imenso. Daqui saímos renovados e inspirados”, afirmou a professora, carinhosamente conhecida por “Zui.”
O evento de lançamento do livro ainda marcou a retomada oficial das atividades do Centro de Criação Galpão das Artes, que já está no seu vigésimo primeiro ano de atividades. A obra custa R$ 40. O leitor interessado pode realizar a aquisição através de pedido encaminhado ao endereço do perfil do Galpão das Artes no Instagram: @galpaodasartesoficial.