
Um sonho que começa a se tornar realidade. Esse sentimento está sendo sentido por 48 famílias contempladas pelo Programa Minha Casa Minha Vida Rural (MCMV – Rural) em Limoeiro. Em solenidade realizada na manhã dessa quarta-feira (26), no auditório da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro (FACAL), os contratos firmados com a Caixa Econômica Federal foram assinados pelos representantes das famílias selecionadas e da instituição financeira. O MCMV – Rural é um programa do Governo Federal, coordenado pelo Ministério das Cidades, com recursos do Orçamento-Geral da União (OGU) empregados nas construções das moradias.
Em Limoeiro, as casas de alvenaria que serão construídas nos próximos meses vão substituir antigas casas de taipa localizadas nos Sítios Ribeiro Grande, Ilhetas, Tabuleiro, Espíndola, Gameleira, Ribeiro Fundo e Travessia – totalizando investimentos da ordem de mais de R$ 3 milhões. Com a iniciativa, a parceria entre Prefeitura, Governo Federal e Caixa irá proporcionar mais segurança, mais conforto e mais qualidade de vida às famílias do campo. O programa foca famílias organizadas pelos movimentos sociais, com prioridade para grupos mais vulneráveis, como mulheres chefes de família e moradores de locais de risco.

“Estou muito feliz. Moro com minha mãe e foi bem difícil de acreditar, mas hoje podemos ver que vai chegar, vai dar certo. Tenho meu esposo e minha filha, e essa casa futuramente vai se estender para minha filha. Com muito orgulho sou agricultora e filha de trabalhadores rurais, e essa casa vai trazer dignidade”, comemorou Aline Gonçalves, uma das contempladas, em tom emocionado. “A gente já tentou (construir uma casa), mas foi muito difícil. Mas como Deus permite todas as coisas, a gente vai ter nossa casa”, completou a beneficiária, que também ressaltou a importância dos líderes comunitários no incentivo e na organização dos documentos.
O prefeito Orlando Jorge frisou a importância da retomada de políticas públicas de moradia, contemplando, de modo especial, às famílias mais vulneráveis. “Importante ação do Governo Federal, restabelecendo o Programa Minha Casa, Minha Vida Rural. Importante ação junto às comunidades rurais, aos trabalhadores rurais, que muitas vezes moram numa casa de taipa ou moram numa casa precária. Você está dando dignidade para 48 famílias, nesse primeiro momento. Vamos ter outras etapas”, destacou o gestor municipal. “É importante parceria com o Governo Federal e com a Caixa Econômica para fixar o homem no campo”, completou.
Conforme explicou o economiário Romero, um dos representantes da Caixa na solenidade, o Programa Minha Casa, Minha Vida tem três modalidades, sendo o Rural uma delas. “O Rural, como o próprio nome diz, a casa será construída no campo. O trabalhador rural precisa continuar no campo, o Brasil precisa da Agricultura Familiar, por isso precisa dar maior qualidade de vida, através de moradia digna para essas pessoas. Reeditar o Minha Casa, Minha Vida Rural é muito importante”, ressaltou Romero. As famílias contempladas cumpriram requisitos de cadastro e documentos, passando pela análise documental do banco.

De acordo com dados fornecidos pela Caixa, o valor disponibilizado para aquisição do material para a construção de cada residência será R$ 71.125,00 – já a mão de obra ficará por conta das famílias beneficiadas, com prazo médio de construção de 18 meses. “Você comprando o material na cidade, pagando à vista, vai conseguir construir uma casa de boa qualidade”, afirmou Romero. Segundo o representante da instituição financeira, o montante de mais de R$ 3 milhões circulará no comércio local, como sugere o próprio programa, fomentando mais oportunidades de negócio e aquecendo a economia.
A preparação do projeto e o cadastramento das famílias foram coordenados pelo agronômo Marcelo Motta, que na solenidade, enfatizou a importância do trabalho integrado. “Agradecer a todos os agricultores que acreditaram no projeto. Foi uma série de atores. Todo o esforço de dois anos, de visitar as famílias, de preparar a documentação, do ir e vir para reorganizar e fazer alterações no projeto, ou seja, a parte burocrática, mas, graças a Deus, chegou o tempo de colher”, avaliou Motta, ao afirmar que o trabalho seguirá em busca de novos projetos para Limoeiro, mesmo ele, atualmente, atuando profissionalmente em um município vizinho.
