Dentro do “berço” cultural que é o município de Limoeiro, nasceu o Instituto Mandacaru. Instalado no Bairro João Ernesto, o espaço foi inaugurado no último sábado, dia 26 de outubro, tendo como missão a produção e a difusão de atividades voltadas ao desenvolvimento social e cultural da cidade. Responsável pela gestão das políticas públicas destinadas ao setor, a Prefeitura de Limoeiro participou da solenidade e reafirmou o compromisso do apoio e do incentivo às ações da mais nova entidade cultural da Princesa do Capibaribe.
O Governo Municipal, na ocasião, esteve representado pelo vice-prefeito José Barbosa do Rêgo Neto (“Zé de Nena Barbosa”), pelas secretárias municipais Paloma Sonally (Saúde) e Ana Guerra (Fazenda) e pelo gestor Tiago Ventura (Juventude). Por sua vez, o Poder Legislativo teve como representante o vereador Roberto Marques (“Beto de Washington”). O Instituto Mandacaru é presidido pelo arte-educador limoeirense Jadenilson Gomes e na vice-presidência pelo artista plástico Jorge Alves. Outros artistas integram a Casa no papel de colaboradores.
De acordo com o presidente, o espaço, além das atividades culturais, cumprirá o papel social. “O Instituto é um espaço cultural, onde vamos trabalhar oficinas de arte, de dança, de teatro e de pintura. Vamos estar montando espetáculos teatrais, realizando exposições, mas o principal objetivo será o social, onde a gente vai trazer para dentro desse espaço crianças, adolescentes, jovens e adultos, sobretudo de vulnerabilidade social”, detalhou Jadenilson, que há mais de 30 anos dedica-se a diversas linguagens, com destaque para as artes cênicas.
Com a oferta das oficinas, o empreendedorismo e a geração de renda serão os próximos passos de oportunidades. “Vamos ofertar essas oficinas e, consequentemente, produtos que a gente possa vender para sociedade, através dos espetáculos, e eles terem uma fonte de renda lá na frente de cachê ou de venda dos seus produtos. Vamos realizar feirinhas e exposições para que as pessoas adquiram esses produtos e eles tenham uma fonte de renda”, reforçou Gomes, ao adiantar que uma das oficinas confirmadas na programação será a de Pintura em Cerâmica.
Nas paredes, formas e cores dão vida ao novo espaço cultural. E é isso o que os idealizadores buscam. “Tudo foi pensado com muito carinho para que realmente seja um espaço alegre, um espaço vivo. Estamos aqui no Bairro João Ernesto, e criamos um espaço para trabalhar cultura com as pessoas carentes para esse lado de cá (da cidade). A gente vai trabalhar a pintura em cerâmica para que as pessoas aprendam e tenham uma renda com seus produtos”, explicou Jorge Alves. Ele ainda revelou que as primeiras atividades serão, além de pintura, teatro e dança.
O Instituto Mandacaru surgiu como uma extensão da Quadrilha Junina Mandacaru, que representa Limoeiro há mais de 20 anos em festivais. “Depois da pandemia, sentimos a necessidade de que a gente precisa ser mais. Somos uma quadrilha com mais de vinte anos, e a gente faz cultura o ano todo, em todos os ciclos, então porque não criar um espaço para que a gente possa propagar e descobrir novos talentos, despertar nos jovens o interesse pela arte, pois percebemos que com o passar dos anos o material humano tem sido escasso”, reforçou Alves.
Representando a gestão municipal, o vice-prefeito Zé de Nena enalteceu a visão empreendedora e social dos artistas limoeirenses com a fundação do Instituto Mandacaru. “Parabenizar a Quadrilha Mandacaru e toda sua equipe. Eles fomentam esse novo projeto na cultura de Limoeiro”, avaliou Zé. “Para nós é gratificante participar desse projeto. Com certeza, vai melhorar e incentivar os jovens. Vai tirar os jovens da ociosidade. Eles terão várias atividades, principalmente relacionados à cultura. Vai dar certo, se Deus quiser”, reforçou o vereador Beto de Washington.