Além de entretenimento, o setor cultural gera trabalho e renda para milhões de brasileiros. Ciente do papel do poder público no apoio e incentivo aos fazedores de Cultura, a Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, tem mantido contínuo trabalho de capacitação desse público para que as oportunidades lançadas através dos editais sejam alcançadas. A ação mais recente aconteceu na tarde da última sexta-feira (1º), na Sala do Turismo, instalada no Centro Cultural Ministro Marcos Vinícius Vilaça, com a Oficina para o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura).
Ministrada pelo produtor cultural Pablo Dantas, a iniciativa contemplou dezenas de limoeirenses que atuam na manutenção das tradições culturais e fez parte do ciclo de capacitações promovido pelo Governo Municipal. “Mais uma vez, nos encontramos com os fazedores de Cultura para dialogar sobre as linhas de fomento e leis de incentivo à Cultura do nosso Estado. Falamos sobre o Funcultura, a maior política de incentivo à Cultura de Pernambuco, que existe há vinte e dois anos”, disse Pablo. O produtor também detalhou que, este ano, o Fundo vai destinar R$ 32 milhões para o setor cultural pernambucano das mais diversas linguagens.
Atualmente, Limoeiro se destaca em diversas áreas culturais. A música, o teatro e os Bois de Caboclinhos são alguns exemplos dentro deste cenário. O reconhecimento popular somado aos prêmios conquistados colocam a “Princesa do Capibaribe” numa posição de referência. Contudo, é preciso que os profissionais e brincantes do setor estejam capacitados para os avanços que o público consumidor tem exigido e, consequentemente, para as oportunidades de recursos disponíveis pelas políticas públicas. “Viemos aqui para orientar sobre dois aspectos: a descrição sobre o Cadastro do Produtor Cultural (CPC) e a criação da conta no Mapa Cultural. Foram dois momentos importantes”, reforçou Dantas.
Atuando como apoio na Oficina para Funcultura, o produtor cultural Fábio André, que também atua como diretor executivo de Cultura de Limoeiro, ressaltou que o Fundo atende Pessoa Física (PF) e Pessoa Jurídica (PJ), mas, para isso, é preciso ter o Cadastro de Produtor Cultural ativo. “Importante lembrar que é papel da Secretaria de Cultura da cidade incentivar e motivar os produtores culturais para que tenham esse acesso ao Funcultura, que é anual. É um volume de recursos totalmente diferenciado”, reforçou. Dentro dessa pauta de recursos públicos para investimentos no setor cultural, Limoeiro sediou, no dia 26 de fevereiro, a escuta regional da nova edição da Lei Aldir Blanc.
Durante o encontro, Fábio André ainda ressaltou que as convocatórias feitas pelo município são direcionadas para aquelas pessoas que já têm prévio conhecimento cultural ou para aqueles que desejam “mergulhar” na escrita e produção de projetos. “Lembrando que é processo seletivo e que os pareceristas analisam a distância. Após o envio do projeto, não tem como acrescentar novos elementos”, explicou o diretor. No último edital do Funcultura, Limoeiro teve projetos PF e PJ aprovados, o que, mais uma vez, mostra o potencial dos produtos culturais produzidos localmente, assim como a capacidade daqueles que idealizam e executam.
Responsável pelo Boi Estrelinha, uma agremiação cultural que trabalha com crianças e adolescentes, visando manter viva a tradição dos Bois de Caboclinhos em Limoeiro, Odair Camelo participou pela primeira vez de uma oficina voltada às orientações de como ter o CPC e de como buscar os recursos disponíveis, neste caso, pelo Governo do Estado. “É a primeira vez que estamos aqui. Estamos tentando aprender para conseguir fazer outros projetos também”, pontuou Odair. Recentemente, o Boi Estrelinha teve um projeto aprovado na Lei Paulo Gustavo.