Para ressaltar a necessidade do respeito às tradições culturais e religiosas oriundas dos povos negros e fortalecer a luta contra a discriminação racial e desigualdade social, a Prefeitura de Limoeiro garantiu importante apoio à “Noite da Consciência Negra”, promovida em 19 de novembro, com o objetivo de celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, que tem como data oficial 20 de novembro. A iniciativa, proposta pelo psicólogo Pai Alabiyi, aconteceu no Bairro do Ponto Certo e reuniu representantes dos Poderes Executivo e Legislativo de Limoeiro, do , e de instituições que abordam as pautas afrobrasileiras, além de artistas e educadores.
O evento também marcou o lançamento do documentário Egbé Axé Limoeiro: memórias, saberes e resistências, que aborda histórias e tradições dos povos afrodescendentes na região. Durante a Noite da Consciência Negra, foram servidos pratos que mostram a influência africana na culinária brasileira, a exemplo do Acarajé e do Manjar, permitindo que os presentes mergulhassem nos sabores que carregam história e identidade. “Com muito prazer e muito orgulho, trouxemos para os povos de terreiros o Acarajé, que é comida de Oiá, e o Manjar, que também é oferecido para nossa mãe Iemanjá”, explicou a cozinheira Nina de Iemanjá. “Tudo comida de terreiro e da nossa ancestralidade”, completou.
A Comunidade de Candomblé de Limoeiro tem sido destaque ao fortalecer a percepção histórica e cultural que os negros e toda a população brasileira têm de si mesmos. Por isso, a cidade vem se tornando referência nessa temática. E isso foi reconhecido durante o evento. “Um território que pulsa cultura. A cultura popular é muito efervescente em Limoeiro, e fico feliz em saber que nesse território a gente tem mais de cem comunidades candomblecistas, que são espaços potentes da cultura viva e que transmitem saberes anscestrais, garantindo saber, cultura e cidadania”, enfatizou a representante da Secreataria de Cultura de Pernambuco, Vanessa Santos.
Após a exibição do documentário Egbé Axé Limoeiro: memórias, saberes e resistências, momento que rendeu um debate de ideias e visões sobre a Cultura Afro-Brasileira, Pai Alabiyi explicou que o audiovisual foi produzido com o incentivo da Lei Paulo Gustavo e tem o papel de possibiliar um olhar mais amplo sobre o terreiro que ele coordena. “Um documentário que mostra o terreiro enquanto espaço bem maior do que apenas religioso. Temos um espaço pedagógico, uma universidade e um museu vivo dos saberes ascentrais dos saberes africanos e brasileiros”, ressaltou Alabiyi, ao depois findar sua fala com uma frase reflexiva: “A nossa luta é que todo ser humano seja visto por igual”.
O secretário de Educação e Esportes de Limoeiro, Fernando Melo, utilizou a palavra “reflexão” para descrever a noite de celebração a Zumbi e à Consciência Negra. “E é essa reflexão que a gente vem fazendo dentro das escolas, vem fazendo em eventos escolares, e que o próprio ENEM trouxe essa reflexão na prova de redação. Eu acho que isso é muito importante. E o Pai Alabiyi, através do seu terreiro, vêm dando essa contribuição”, avaliou Melo.
Para o vice-prefeito de Limoeiro, José Barbosa do Rêgo Neto (“Zé de Nena), eventos dessa natureza fortalecem o sentimento de respeito e valorização tão necessários para o bom convívio. Ele também reforçou o compromisso da gestão municipal em manter os apoios vivos.