A parceria entre os entes federativos é essencial para garantir a prestação de serviços à população e assegurar uma efetiva representatividade nas esferas governamentais e nas políticas públicas. Na manhã de quarta-feira (4), o prefeito Orlando Jorge e o vice-prefeito José Barbosa do Rêgo Neto (“Zé de Nena Barbosa”) recepcionaram o superintendente federal do Ministério da Pesca e Aquicultura em Pernambuco, Fábio Barros, e a secretária de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca de Pernambuco, Ellen Viégas, para uma importante reunião na sede da Prefeitura Municipal de Limoeiro, onde debateram alternativas para o desenvolvimento da atividade pesqueira na região. Também participaram do encontro o secretário municipal de Desenvolvimento Agrícola, Pesca e Meio Ambiente, José Félix, o diretor executivo de Agricultura Familiar, Marcelo Motta, o extensionista rural do Instituto Agronômico de Pernambuco em Limoeiro (IPA Limoeiro), Eudes Cavalcante, o vereador José Nilton Cavalcante (representante do Poder Legislativo Municipal), o secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do município de Feira Nova, Emerson Oliveira, a representante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil e vice-presidenta da Federação dos Pescadores de Pernambuco, Maria das Águas, e o presidente do Instituto São Severino, Ivan Carlos da Silva (“Sassá de Gameleira”).
O prefeito de Limoeiro, Orlando Jorge, mostrou-se bastante honrado pela oportunidade de receber os representantes da União e do Estado em seu gabinete e reafirmou o compromisso do Governo Municipal para aquecer a economia local e empoderar a classe dos pescadores artesanais, tendo como grandes parceiros as esferas federal e estadual. “O Ministério da Pesca e Aquicultura, que foi restaurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem à frente o ministro pernambucano André de Paula, representa uma grande estratégia para o desenvolvimento econômico da nossa região. Quero externar minha satisfação por esse encontro. Fábio Barros e Ellen Viégas mostraram brilhantes atuações tanto no aspecto técnico quanto na articulação. Os Governos Federal, Estadual e Municipal estão alinhados na missão de melhorar a vida do nosso povo e no compromisso de criar alternativas para garantir a segurança alimentar da nossa gente”, destacou.
Uma das alternativas abordadas na reunião foi a possibilidade de implementar o peixe na merenda escolar através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Na feira básica e na mesa dos brasileiros, as carnes de boi e de frango são mais populares. Porém, a carne do peixe é mais barata e muito nutritiva. Vamos estudar as tecnologias necessárias, analisar o mercado e buscar os arranjos produtivos para avançar nessa questão. Se pudermos acrescentar o peixe à merenda escolar, vai ser um grande avanço tanto para os nossos estudantes quanto para os nossos pescadores. Podemos fazer diversas articulações, seja com o IPA, a CODEVASF ou as emendas parlamentares, para aplicar projetos que sejam duradouros. Eu vejo isso com bons olhos”, concluiu Orlando.
Representante do Ministério da Pesca e Aquicultura no encontro, o superintendente federal Fábio Barros fez um balanço positivo das conversas realizadas em Limoeiro. Ele garante que as articulações continuarão e tem perspectivas animadoras para os próximos dias. “Foi muito bom ver que a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Agrícola de Limoeiro está à disposição para trabalhar em parceria conosco e com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado. Poderemos unir forças, através dos projetos que o município irá nos apresentar, para desenvolvermos ações que beneficiem os pescadores artesanais, aqueles que dependem da pesca extrativista, atuam em barragens, comercializam e também praticam a pesca de subsistência. Podemos investir na produção de peixe e camarão. Vamos continuar as conversas e os estudos para desenvolver os projetos”, afirmou.
Qual é a diferença entre a pesca e a aquicultura? A secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, Ellen Viégas, explica: “A pesca é extrativista, ou seja, retira o organismo aquático do ambiente natural. Já a aquicultura cultiva em ambientes confinados e controlados. Os recursos que queremos garantir junto à União e ao Município são tanto para os pescadores quanto para os aquicultores: capacitação, certificação, estrutura. Enfim, queremos ‘mostrar o caminho das pedras’ para podermos avançar”.
O secretário municipal de Desenvolvimento Agrícola, Pesca e Meio Ambiente, José Félix, ressaltou que a pasta está comprometida em garantir geração de renda aos profissionais pesqueiros. “Vale lembrar que a pesca não se resume a barragens. Dependendo da região e da tecnologia disponível, essa atividade pode se expandir para rios. Vamos buscar, junto ao Governo Federal e ao Governo do Estado, a estrutura da qual os pescadores de Limoeiro precisam”, frisou.
Representante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil e vice-presidenta da Federação dos Pescadores de Pernambuco, Maria das Águas definiu a reunião como enriquecedora. De acordo com a líder de movimento social, 70% dos peixes comercializados no Brasil são originários da pesca artesanal. “A Prefeitura nos dá total apoio para que consigamos visibilidade como pescadores e pescadoras artesanais de fato e de direito. Nossas necessidades são a organização dos locais de representação do movimento da pesca, para que possamos produzir com qualidade. Precisamos ser incluídos no PAA e no PNAE, para que os peixes que a gente coleta possam ser comercializados, cheguem à mesa das pessoas e garantam mais qualidade de vida”, explicou.