Na noite de quarta-feira (27), no Centro de Criação Galpão das Artes, a Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Lazer e Juventude, promoveu a vivência do Dia Mundial do Turismo. A programação teve entrega de certificados do Curso Técnico de Guiamento Turístico – por meio de uma parceria entre a pasta anfitriã do evento e a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio -, lançamentos do Projeto de Sinalização Turística e das Rotas Turísticas Urbanas e Rurais, apresentação do caso de sucesso do Haras MF com o empreendedor Felipe Argôlo e uma homenagem ao Coletivo Dona Maria do Confeito de Limoeiro.
O gestor de Turismo do município de Limoeiro, Gabriel Ferreira, avaliou o a ação como uma comprovação do investimento do Governo Municipal na área de Turismo. O turismólogo pontuou, ainda, que este autêntico projeto de futuro da gestão consiste não apenas em capacitações para a área, mas, também, em obras e projetos estruturadores que visam atrair turistas para a “Princesa do Capibaribe”. “A Casa da Cultura de Limoeiro e a revitalização do Redentor estão a caminho e, para esse novo tempo que está chegando, devemos estar preparados. Estamos trabalhando o segmento de turismo para o futuro da nossa cidade”, pontuou.
As placas de sinalização turística destacam os mais famosos pontos de Limoeiro, a exemplos da Praça da Bandeira, do Mercado Público Municipal, da Igreja Santo Antônio, da Igreja Matriz Nossa Senhora da Apresentação e do Mosteirinho e Espaço Cultural da Reconciliação, e têm instalação prevista para a próxima semana. “Aproveitamos este dia 27 de setembro, Dia Mundial do Turismo, para fazer a culminância dos nossos projetos. Além de dar oportunidade aos profissionais para alavancar sua renda, queremos dar um grande suporte aos visitantes que terão o interesse de conhecer melhor a história, a cultura e os principais pontos da nossa cidade”, concluiu Gabriel Ferreira.
O prefeito Orlando Jorge definiu o Turismo como “uma indústria sem chaminé” e destacou que Limoeiro tem um grande potencial turístico. “A nossa gestão segue trabalhando firme e forte para aproveitar o potencial turístico da nossa Terra Amada e aquecer a Economia de Limoeiro”, afirmou o gestor municipal.
Coletivo Dona Maria do Confeito
Muito mais do que uma tradição herdada da colonização portuguesa, os confeitos de festa são uma das maiores referências gastronômicas e culturais de Limoeiro. Esses deliciosos doces sempre estão à venda nas principais festas religiosas do Estado de Pernambuco. O açúcar, a castanha e os canudos de papel carregam a história e o sentimento de um povo.
Registrada em um manuscrito quinhentista atribuído à Infanta Dona Maria, neta do Rei Dom Manuel I, a primeira receita conhecida de confeitos mostra que a produção envolve erva-doce torrada em açúcar fervente. Inicialmente associada às classes mais abastadas da sociedade portuguesa, esta iguaria se estendeu às demais classes sociais ao longo do século XVII, a partir da difusão do uso do açúcar na Europa, reflexo direto da invasão europeia ao continente americano. Os confeitos chegaram ao Brasil por meio das caravelas do Reino de Portugal que eram encabeçadas por Pedro Álvares Cabral e desembarcaram no litoral brasileiro no ano de 1500.
No município de Limoeiro, os confeitos de festa estão presentes não só nas festas religiosas, mas, sobretudo, na memória afetiva dos limoeirenses. O Coletivo Dona Maria do Confeito, originário da comunidade rural de Gameleira, promete eternizar a receita e a comercialização do alimento. Liderado pelos filhos da Senhora Maria José de França (“Dona Maria do Confeito”), o grupo atua na área há mais de 60 anos. “Os confeitos são feitos à mão, o que lhe dá o status não somente de alimento, mas de produto artesanal. Por isso, luvas não são utilizadas na produção”, afirma Maciel França, um dos líderes do coletivo.
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