Entendendo que as ações de combate às arboviroses devem ser constantes, a Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria de Saúde, iniciou nesta semana mais uma etapa – programada para três ciclos – do bloqueio ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor de doenças como Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. Os Agentes de Combate às Endemias (ACE) estão atuando, sempre no fim da tarde, em dois bairros que apresentaram dois casos suspeitos.
De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental, Eraldo José, foram coletadas mostras de sangue dos moradores que apresentaram sintomas das doenças para a realização de exames. “Vamos detectar se dará positivo para os dois. Mas como são casos suspeitos, a Vigilância Ambiental e a Geres (Gerência Regional de Saúde) trabalham para eliminar os mosquitos dessas localidades”, explica Eraldo. Juá e Alto de São Sebastião foram os bairros notificados com casos suspeitos.
Independente do bloqueio, o coordenador alerta que o essencial é o “trabalho focal”, onde o morador cuida da própria residência – evitando que as larvas se transformem em mosquito – e, com isso, evitando o uso de inseticidas para o combate. “Lembrando que não estamos usando o bloqueio de UBV pesado, que é o carro fumacê, mas sim o UBV leve, ou seja, a bomba costa”, ressalta. A aplicação ocorre num raio de 150 metros da casa do morador que apresentou os sintomas.
Na passagem dos agentes, a orientação é para que os pássaros em gaiolas sejam retirados do local aberto, para evitar que a água dele seja contaminada com o veneno. Por segurança, também é recomendado trocar a água do animal após a ação de bloqueio. As pessoas também devem evitar o contato direto com os produtos. O jato de vapor pode provocar diversas complicações de saúde, a exemplo de irritação nos olhos e pelos, além de indigestão.
Segundo Eraldo José, com o início do período chuvoso, pontualmente semana epidemiológica 17 (meados do mês de maio), aumenta a probabilidade do registro de casos suspeitos de arboviroses. “Portanto, neste momento há a necessidade desse bloqueio, para evitar um surto ou epidemia de Dengue em Limoeiro”, sublinha. Por meio do Levantamento de Índice Rápido (Lira), os agentes conseguem acompanhar o índice larvário no município. “Há tempo o índice vem alto”, alerta o coordenador.
Para que Limoeiro não viva um surto da doença, o Lira deve estar abaixo de 1%; até 3,9%, o sinal é de alerta; acima de 4%, é considerado alerta vermelho. “A gente sempre pede que a população redobre o cuidado com a casa. A única forma de evitar que a pessoa adoeça é cuidar do depósito de água em casa”, orienta Eraldo. Com a pandemia do novo coronavírus, que atinge o mundo há dois anos, notadamente houve um relaxamento da sociedade para outros problemas de saúde pública, a exemplo da Dengue.
Dicas importantes para o combate às arboviroses
Medidas simples para combater o mosquito: manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito; verificar focos em telhas onduladas; manter bem tampados tonéis e barris d’água. Dados mostram que o foco maior está nas residências. Sendo assim, é ideal que o morador adote práticas rotineiras para o bem coletivo.
Também são ações rotineiras e essenciais para proteção de todos: manter os pratos de vasos de flores e plantas com areia; guardar garrafas com a boca virada para baixo; limpar sempre as calhas dos canos, não jogar lixo em terrenos baldios; e manter baldes, caixas d´água e piscinas sempre tampados. A coordenação do órgão também recebe demandas através de informações de moradores, a exemplo de imóveis fechados, o que gera uma visita de fiscalização e controle.
Primeiramente, os agentes realizam o trabalho de orientação e prevenção junto ao morador sobre a importância de sempre verificar se no imóvel há a existência de possíveis criadouros do Aedes Aegypti, podendo ser eliminado de forma mecânica. Outra forma de eliminação das larvas desse mosquito é a realização do tratamento focal com uso de larvicidas específicos. É importante que os donos dos imóveis autorizem a entrada dos agentes, pois tal medida reflete na segurança da população em geral.