A Prefeitura de Limoeiro segue atuando fortemente para garantir o correto descarte dos resíduos sólidos produzidos diariamente pela população. Ao mesmo tempo, a gestão municipal também tem firmado parcerias para que ocorra a mútua colaboração dos variados segmentos da sociedade, o que vem garantindo a preservação do meio ambiente e a geração de renda para dezenas de famílias que atuam na coleta e seleção dos resíduos que são recicláveis.
Dentro desse plano de trabalho, foi promovido, na noite de sexta-feira (11), no auditório da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro (FACAL), o Workshop Gestão de Resíduos Sólidos em Limoeiro. O evento debateu o primeiro ano de atividades da Cooperativa de Catadores, a participação do comércio na coletiva seletiva e a instalação de pontos de entrega voluntária (PEV). As temáticas foram abordadas pela mestra em Desenvolvimento Local Sustentável e coordenadora do Curso de Administração da FACAL, Andréa Travassos.
“Discutimos o primeiro ano de encerramento do lixão e a construção da cooperativa, apresentamos os resultados que tivemos na cooperativa, a quantidade de resíduos que deixaram de ir para o aterro sanitário e foram aproveitados na cooperativa, onde treze cooperados puderam comercializar o produto e tirar sua renda. Então, hoje fizemos esse apanhado de um ano sem lixão e de um ano de cooperativa, que é um marco para história de Limoeiro”, disse a professora.
Mas, nessa trajetória de doze meses de trabalho, também foram registrados alguns pontos de adversidade. “Abordamos as dificuldades que encontramos na gestão de resíduos sólidos e, principalmente, trabalhamos as possibilidades, ou seja, o que podemos fazer ainda mais para avançar na gestão de resíduos sólidos de Limoeiro durante o próximo ano?”, questionou Andréa, que ponderou com muitos pontos positivos contabilizados com o fechamento do lixão.
No workshop, os participantes puderam conferir que os resíduos deixaram de ser descartados de forma irregular num terreno a céu aberto; que os catadores saíram de um ambiente insalubre para trabalhar cooperados num galpão de maneira organizada; e que os resíduos são materiais que podem ser reaproveitados. “Quando percebemos latinhas e papelões descartados no comércio de forma irregular, por exemplo, trata-se de desperdício de dinheiro”, ressaltou a educadora.
Atualmente, treze famílias limoeirenses sobrevivem dos recicláveis. Mas o planejamento do município visa ampliar esse número. Para que isso ocorra, a população precisa contribuir. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos traz a responsabilidade compartilhada, onde mostra que a responsabilidade da destinação dos resíduos adequada não é apenas do poder público. É da Prefeitura, do comerciante, do consumidor. Todos somos responsáveis”, alerta Andréa.
Conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Prefeitura e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o lixão do município de Limoeiro foi extinto em novembro de 2021. Com isso, a população deve separar o lixo domiciliar em dois grupos: úmidos e secos. Enquanto os resíduos úmidos são destinados ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Igarassu – Ecoparque Pernambuco, os secos são coletados pelos trabalhadores da COORPAR.