Todos os anos, no mês de janeiro, inspirados pela crença no sagrado e por histórias de luta, os fiéis católicos de Limoeiro vivenciam a festa em honra ao-padroeiro do município, São Sebastião. Em 2022, a Festa de São Sebastião, que é celebrada nas Paróquias de São Sebastião, no bairro do Alto São Sebastião, com um Trezenário, e de Nossa Senhora da Apresentação, no Centro, com um Novenário, chegou à 131ª edição.
O encerramento se deu neste domingo (23), com uma programação repleta de fé e espiritualidade. Houve missas solenes nas duas Paróquias pela manhã, uma missa de encerramento na “Paróquia do Alto” à tarde, seguida pela procissão do andor com a imagem do santo em carro aberto pelas principais ruas da cidade, e, por fim, uma missa de encerramento na “Paróquia da Apresentação” à noite.
Na “Princesa do Capibaribe”, os festejos em honra ao mártir católico nasceram no final do Século XIX, a partir de uma promessa contra uma epidemia de varíola que assolava a população da cidade no ano de 1891. A doença cessou, e a devoção se transformou em tradição.
Segundo a tradição cristã, o mártir protege as pessoas da peste, da fome e da guerra. Padroeiro de diversas cidades e comunidades ao redor do mundo, São Sebastião foi um soldado do Império Romano que se converteu ao Cristianismo e acabou perseguido por professar a fé em Jesus Cristo. O militar viveu entre os anos 256 e 288 d.C.
Em sua mensagem aos fiéis na missa de encerramento, na Igreja Matriz de São Sebastião, o Bispo da Diocese de Nazaré da Mata, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, enalteceu a grandiosidade da Festa de São Sebastião de Limoeiro. “É uma das maiores festas da nossa Diocese. O povo de Limoeiro é exemplo de devoção e de dedicação”, destacou.
Em publicação nas redes sociais, o prefeito Orlando Jorge, que acompanhou o encerramento da festa católica ao lado do vice-prefeito José Barbosa Neto, do secretário municipal Ricardo Silva (Defesa Social e Trânsito) e da equipe da Secretaria Executiva de Imprensa e Comunicação, afirmou que todo o povo de Limoeiro deve se espelhar no testemunho de fé do co-padroeiro. “Devemos testemunhar a nossa fé, assim como fez São Sebastião. Tivemos um grande exemplo de devoto em nossa cidade, Padre Luís Cecchin, como bem citou o vigário geral da Diocese, Padre Antônio Inácio, na missa do sábado à noite”, escreveu.
Devido à pandemia do novo coronavírus e à alta predominância da variante Ômicron, as programações popularmente conhecidas como “festas profanas” foram vetadas pelo Decreto Municipal 052/2021. O documento proíbe a realização de eventos que podem provocar aglomerações em espaços públicos e vale até o dia 31 de março, quando termina o Estado de Calamidade Pública determinado pelo Decreto Municipal 051/2021.
As celebrações em templos religiosos, por sua vez, estão liberadas, em conformidade com os protocolos de enfrentamento à Covid-19. As igrejas disponibilizam álcool em gel para os fiéis, e o uso de máscara é obrigatório nas missas.