Dando continuidade à 15ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, a Prefeitura de Limoeiro, representada pela Secretaria Municipal de Educação e Esportes, esteve no Centro de Criação Galpão das Artes, na manhã e tarde dessa terça-feira (16), para uma roda de conversa que reuniu produtores culturais e artistas, além de gestores e professores da Rede Municipal de Ensino. O encontro abordou o papel da Comissão Pernambucana de Folclore e Culturas Populares na construção do Patrimônio Cultural.
Este ano, a Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco tem como eixo principal as resistências e perspectivas para o setor. O educador Adiel Melo, gestor de escola municipal, ressaltou a importância do momento de integração promovido em Limoeiro. Para ele, o conhecimento adquirido na roda de conversa será multiplicado com os estudantes. “É um prazer imenso quando a gente começa a admirar e valorizar a nossa cultura, pois não existem coisas que tragam a nossa memória viva e tão peculiar”, comentou Melo.
De acordo com o educador, valorização deve ser palavra de ordem dentro e fora do ambiente escolar. “Valorizar o patrimônio é valorizar com a nossa essência. Eu acredito que os nossos alunos precisam fazer florir esse encanto que ainda está adormecido, talvez. Eles só vão poder apreciar a arte, a cultura e as expressões culturais quando forem incentivados. Se a gente (professor) começa a incentivá-lo na própria escola, ele chegará num espaço como esse (Galpão das Artes) e saberá apreciar e valorizar”, pontuou.
A socióloga Rúbia Lóssio esteve entre as palestrantes do evento. Retornando a Limoeiro, ela enfatizou o fortalecimento do patrimônio cultural e reconheceu a força do setor, que ficou mais de dois anos sem trabalho por causa das restrições impostas pela pandemia. “A pandemia deu um grande susto. A gente ficou sem público e sem ações. Mas o importante é que os artistas, os brincantes e os fazedores de cultura se fortaleceram e estamos retomando com muita cautela e novos olhares, até nova postura”, afirmou Lóssio.
O circense Bili Costa fez uma apresentação para os professores durante o evento e recordou a difícil fase do circo na pandemia. Naquele período mais agudo da doença, com as atividades culturais suspensas, e instalado no município de Feira Nova, ele precisou vender o circo para comprar uma casa para a sua família morar. Porém, mesmo longe do picadeiro, ele afirma: “O espetáculo não pode parar”. Símbolo da resistência cultural, o artista sobrevive fazendo apresentações nos sinais de trânsito de Limoeiro e Vitória de Santo Antão.
A Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco segue até o dia 20 de agosto com outras atividades programadas no Estado. No último sábado (13), o Centro de Criação Galpão das Artes também vivenciou a Oficina de Confecção de Brinquedos Populares. Com o apoio da Prefeitura de Limoeiro e com o intuito de apresentar as brincadeiras populares como símbolos de resistência cultural, as atividades foram ministradas pela brinquedista Edna Alves e destinadas à faixa etária de 8 a 12 anos.