A Exposição Memórias de Limoeiro marcou mais um importante capítulo nos 211 anos do município. O evento fez parte das comemorações alusivas à Semana da Emancipação Política e oportunizou que várias gerações, locais e visitantes, pudessem conhecer ou reviver momentos, personagens, objetos, reportagens e vozes que contam a edificação da Princesa do Capibaribe. A mostra foi promovida pela Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esportes, e acolhida pelo Centro de Criação Galpão das Artes.
Na última sexta-feira (29), durante o encerramento, o diretor do Galpão das Artes, Fábio André, ressaltou a importância do momento para a Educação e Cultura regional, tendo em vista a integração que existiu com municípios vizinhos, a exemplo de Salgadinho, representado pela Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Carlos Soares da Silva. “Pertencimento. Porque uma cidade identificou que Limoeiro tem pertencimento. Isso passou a ser pedagógico. O viés de Limoeiro passou a ser educação. É a vocação”, destacou Fábio.
O diretor enfatizou o número de escolas públicas e privadas existentes no município e que recebem alunos de localidades vizinhas. “Somos empoderados em termos de Educação. Por isso, precisamos zelar pelo patrimônio educação, porque sem educação não chegamos ao artista e ao cientista”, pontuou. Ainda durante o encerramento, atividades culturais foram apresentadas; entre elas, a do coquista Zé de Teté, que homenageou, através de composição própria, os secretários municipais Fernando Melo (Educação e Esportes) e Dolores Carmen (Cultura, Turismo, Lazer e Juventude).
Professor da EREM Carlos Soares da Silva, Sanchilis Silva acompanhou os estudantes na visita à Exposição Memórias de Limoeiro. O educador comemorou a manhã de aquisição de conhecimento e de integração cultural, reforçando a importância das parcerias para o interior pernambucano. “Foi uma manhã muito proveitosa. É a primeira de muitas oportunidades que teremos aqui. Agradecemos ao Galpão das Artes e à Prefeitura de Limoeiro por disponibilizarem esses espaços, sabendo que a parceria é essencial”, pontuou.
De acordo com Sanchilis, a visita fez parte de um projeto escolar. “Nós já desenvolvemos esse trabalho desde o ano de 2016, onde iniciamos com as turmas de Terceiro Ano do Ensino Médio Integral. Sempre fazemos um itinerário cultural e artístico. Seguíamos muito ao Recife, com visitas aos museus e aos espaços culturais, mas percebemos que em nosso entorno temos uma riqueza cultural e artística muito grande. Em 2018, passamos a vislumbrar as visitações locais, estimulando e apreciando o que temos de bom na região”, detalhou o professor.
Para fechar com chave de ouro a Exposição Memórias de Limoeiro, a artista Andréia Kaylanne ficou responsável pela apresentação musical. Ela atua como arte-educadora do Galpão das Artes e cantou para os adolescentes visitantes estilos não tão comuns nos dias atuais, como forma de incentivar o gosto por letras e melodias que transformam, inspiram e levam à reflexão. A música “Como nossos pais”, de Elis Regina, esteve no repertório e emocionou alunos, professores e apoiadores da mostra.
“Cantar esses estilos traz meio que uma tensão para as pessoas. E para nós, jovens, que não são todos que têm essa oportunidade de valorizar esse estilo e esse gosto musical, tem sido uma experiência muito boa. Presencio sempre que as pessoas ficam admiradas com essa minha capacidade de passar outra visão de juventude. É uma sensação ótima estar aqui presenciando todas essas demonstrações e, principalmente, essa exposição que não conhecia. Fiquei bem impressionada com a história de Limoeiro”, comentou Kaylanne.