Dedicado à Luta Antimanicomial no Brasil, o dia 18 de maio também reservou uma importante iniciativa para a Saúde Pública em Limoeiro. Realizada na sede do Centro de Atenção Psicossocial do município (CAPS AD III – Capibaribe), a 1ª Reunião Ampliada de Saúde Mental de Limoeiro comemorou o 10° aniversário do CAPS AD III – Capibaribe e abordou o tema “A política de saúde mental como Direito: Limoeiro em defesa do cuidado em liberdade e na garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”.
A temática foi trabalhada por meio de palestras, rodas de conversa e apresentação teatral, de modo a unir Saúde, Assistência Social, Arte e Democracia em uma única iniciativa. Com esta conferência, é possível propor e avaliar diretrizes para a formulação da política de saúde mental, com metas e propostas que foram elaboradas na Conferência Municipal de Saúde de 2021 e serão levadas ao âmbito estadual.
Os eixos temáticos debatidos foram: “Cuidado em liberdade como garantia do direito à cidadania”, “Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia dos serviços de saúde mental”, “Política de Saúde Mental e os princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade” e “Os impactos da Saúde Mental na população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia”.
“Foi um dia produtivo, enriquecedor e repleto de conhecimento para os nossos profissionais. Cuidar da saúde mental é valorizar a vida”, destacou o prefeito Orlando Jorge durante a solenidade de abertura do evento. O gestor municipal foi secretário de Saúde de Limoeiro de 2009 a 2016, ou seja, esteve à frente da pasta durante os quatro primeiros anos de atividade do equipamento.
A luta antimanicomial desconstrói e combate a característica opressora dos manicômios e, ao mesmo tempo, defende que as pessoas em estado de sofrimento mental sejam cuidadas em liberdade. “A reforma psiquiátrica acontece a partir do momento em que os usuários dos serviços de Saúde Mental têm voz, vez e protagonismo. Não basta fechar um manicômio e abrir um CAPS: tem que capacitar profissionais para essas áreas, democratizar os serviços, acolher e dar atenção aos usuários”, destacou a gestora de Saúde Mental do município, Riva Karla, que palestrou no evento.
De acordo com o portal do Ministério da Saúde, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são “serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial”.