A Prefeitura de Limoeiro, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrícola, Meio Ambiente, Indústria e Comércio, iniciou, na tarde dessa quarta-feira (22), o recolhimento dos peixes mortos no trecho urbano do Rio Capibaribe. No primeiro dia de trabalho, a equipe da Infraestrutura recolheu 19 sacos. A atividade foi retomada na manhã desta quinta-feira (23) e seguirá pelos próximos dias. Ela integra uma série de ações planejadas pela gestão municipal na busca de soluções pontuais e preventivas.
Ainda na manhã da quarta, o prefeito Orlando Jorge, o secretário de Desenvolvimento Agrícola, Meio Ambiente, Indústria e Comércio, José Félix, e o presidente da Sociedade de Apoio ao Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Amatur), Ricardo Rodrigues, visitaram o local para o alinhamento das execuções em parceria. As causas para a mortalidade dos peixes estão sendo investigadas pela Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos – Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Uma equipe técnica do órgão visitou a cidade de Limoeiro para coletar o material a ser destinado à análise técnica.
“Nós fizemos a coleta do material, dos peixes mortos, e estamos levando para necropsia, no Recife, para que os peritos possam determinar qual a causa da mortandade de tantos peixes. Em até vinte dias, a gente tem o resultado da necropsia e mais dez dias para determinação técnica da causa da degradação ambiental”, explicou Elba Borges, agente de fiscalização da CPRH. Paralelamente, a ONG SOS Mata Atlântica também está apoiando o trabalho de análise da água do rio.
Também acompanhando as investigações, o presidente da Amatur ressaltou a importância da análise técnica antes de qualquer julgamento. “Ainda é muito cedo para se ter uma conclusão. Ficou acordado com a equipe do CPRH que nos próximos virá uma equipe do laboratório para também fazer algumas coletas da água e daí poder constatar se há um contaminante na água do rio que possa ter causado a morte ou se, de fato, é o oxigênio dissolvido”, comentou.
Rodrigues disse ainda que, “se for a questão da quantidade de oxigênio na água”, será analisado o que provocou a morte dos peixes. “Durante todo o ano, a gente já detectou uma baixa quantidade de oxigênio dissolvido nesse trecho urbano, justamente devido à poluição e à presença das baronesas, então todos esses fatores fazem com que, durante todo o ano, a gente tenha uma baixa quantidade de oxigênio dissolvido na água”, completou.
Apoio aos trabalhos
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrícola, Meio Ambiente, Indústria e Comércio tem dado total apoio ao trabalho de análise das coletas dos materiais e investigação do fato. Também tem buscado parcerias com órgãos estaduais e organizações não governamentais que atuam no setor de preservação para as soluções imediatas e preventivas. Com relação à obra da nova ponte do município, os setores jurídico e de infraestrutura seguem atendendo às solicitações de documentos necessários para a correta execução dos serviços.
Responsável pela coordenação do trabalho de limpeza, o secretário executivo de Obras Urbanas, Edvaldo Correia (“Bau da Capoeira”), lamentou a grande quantidade de lixo jogado às margens do Rio Capibaribe e no próprio rio. “Estamos dando nossa contribuição. E um dos maiores problemas que temos aqui é a grande quantidade de lixo descartado no Rio Capibaribe. A comunidade, até por falta de informação, acaba jogando lixo nos rios, canais e áreas ribeirinhas. Hoje não adianta procurar culpados. Estamos aqui para dar solução”, destacou Edvaldo. Além dos sacos de peixes, foram coletadas duas caçambas de lixo das margens do rio.