Companhia de Eventos Lionarte apresenta trabalho com discurso cênico baseado no teatro do drama burguês, a partir de uma relação familiar feminina, perturbadora retratada na peça “E, antes de tudo, seria o fim”.
Na próxima sexta-feira (28), a Companhia de Eventos Lionarte, marca presença no 2º Festival Canavial de Artes Cênicas, encerrando a primeira noite de programação do evento. O grupo apresenta, a partir das 21 horas no canal do Youtube do festival, o seu mais recente trabalho, “E, Antes de tudo, seria o Fim”, baseada na obra ‘Interiores’, de Edinaldo Ribeiro, com intervenções de fragmentos textuais extraídos das obras: “Vacatussa Vol. 3” e “Recital Mata Norte 2 – Andanças Literárias”.
O espetáculo gira em torno do universo particular que cada personagem vive, a partir do prisma de uma Matriarca, presa em suas convicções, tradições criadas por suas sombras e recalques. Ela mantém suas sete filhas agrilhoadas as suas normas de sobrevivência; comendo da sua comida, dormindo sobre sua proteção e devendo-lhe obediência. A peça estreou regionalmente em dezembro de 2019, na cidade de Igarassu, dentro da programação do 10º FESTIG – Festival de Teatro de Igarassu, e quando preparava-se para fazer a estreia local, em março de 2020, foi pega de surpresa com a interrupção das atividades, a Declaração de Calamidade no Brasil e a instalação da pandemia. Até então as atividades da companhia encontram-se paralisadas.
Com direção de Edinaldo Ribeiro e Cleiton Santiago, o elenco conta com: Ially Pollyne, Luiz Pereira Neto, Luanna Santos, Paullino Henryque, Karla Catyara, Radaméis Moura, Rosângela Maria e Wallace Hallan. A montagem tem ainda a participação de Alisson Almeida, Elivelton Amorim e Lillian Lima, respectivamente respondem pela execução de Sonoplastia, Iluminação e Contrarregragem.
A companhia Limoeirense apresenta um drama que reúne um jogo de sentimentos, com um discurso cênico e uma interpretação naturalista e épica, que traz ao público reflexões sobre os diversos temas abordados no seio familiar. O público do Festival Canavial de Artes Cênicas irá acompanhar virtualmente um espetáculo que desperta nos espectadores, leituras, sensações e perspectivas distintas, pois, a Lionarte, acredita que o teatro não só forma plateia observadora, mas também leva o público a crítica, debates e opiniões, enriquecendo a cultura, motivando o trabalho e fortalecendo a necessidade de se fazer arte no nosso País.
O Festival
A segunda edição do Festival Canavial Artes Cênicas conta com 14 espetáculos entre teatro adulto, teatro infantil, teatro de bonecos, dança, contação de história e teatro de rua, com o Cavalo Marinho Mestre Batista, de Chã de Camará – Aliança. O festival recebeu o incentivo do Governo do Estado, por meio da importante Lei de Emergência Cultural – Lei Aldir Blanc, onde foi comtemplado no Edital Festivais-LAB/PE. A edição será realizada no formato online e será transmitido pela internet em seu canal no Youtube, no período de 28 à 30 de maio de 2021, e presta homenagem a Osvaldinho (Osvaldo Rabelo Filho), in memorian, um entusiasta da produção artística e cultural na cidade de Goiana; e Ricardo Lima, ator, diretor e professor de teatro em Vitória de Santo Antão, também residindo em Gravatá.
Com realização assinada pela Santiago Produções, o projeto conta ainda com a parceria de Alexandre Veloso e Afonso Oliveira. O festival vem jogar luzes na produção de artes cênicas do interior do estado de Pernambuco e também mostrar a produção da cultura popular, trazendo a participar o cavalo marinho e o mamulengo, que são artes cênicas, na mais pura versão popular.
Com programação gratuita, o festival oferecerá durante toda programação o serviço de tradução em LIBRAS, e terá a participação de grupos e espetáculos de seis regiões de desenvolvimento do estado, da RMR até o sertão do Pajeú, totalizando dez cidades participantes, tendo como pólos de produção Goiana na (Mata Norte) e Vitória de Santo Antão (Mata Sul), seguidas por Recife (RMR), Aliança, Itambé e Glória de Goitá (Mata Norte), Limoeiro (Agreste Setentrional), Gravatá e Caruaru (Agreste Central) e Serra Talhada (Sertão do Pajeú).
Por Luiz Pereira Neto (LIONARTE)